Este artigo discute a dinâmica homoerótica e os signos de masculinidade que caracterizam ou marcam os encontros de barebacking. Essa discussão é decorrente de uma etnografia on-line, no contexto brasileiro, entre os anos de 2004 a 2007, considerando as novas possibilidades da internet, de trocas de experiências e encontros eróticos, como é o caso das comunidades do Orkut. Distintas modalidades de barebacking (e barebackers ) parecem coexistir atualmente, demonstrando que múltiplos aspectos e situações estão implicados no sexo desprotegido. Uma dessas modalidades diz respeito à sua forma mais extensiva e de maior contato, ou seja, às formas mais extremas ou transgressivas em busca de prazer. Entretanto, todos os praticantes parecem ter em comum um discurso sobre o prazer mais livre e intenso no sexo sem camisinha, ainda que, para alguns, esse prazer esteja estreitamente vinculado a uma experiência mais excessiva ou transgressiva, inclusive por desafiar o vírus, a doença e os limites da própria vida.

Autoría:
Luís Augusto Vasconcelos da Silva

 

Editorial:
Revista Estudos Feministas, Universidade Federal de Santa Catarina

 

País:
Brasil

 

Año:
2009

 

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